30.1.19

Rafael me faz querer viver.

Claro que depois de voltar a comer normalmente, tive crises de compulsão alimentar. E claro que as compulsões me levaram a ganhar peso. De 45,5 fui pra 48 e voltei a me privar de comer. Parcial ou totalmente. Comia uns biscoitos de manhã e me sentia tão culpada que não comia mais nada o dia todo. Não precisa me dizer que isso é ruim, eu não posso evitar.

Mas...foi difícil. O problema de voltar a comer é que eu engordo e me sinto um lixo e é muito difícil voltar a passar fome. E eu só emagreço de forma que me deixe satisfeita quando passo fome.
Mas,aos trancos e barrancos, reacostumei meu corpo a comer pouco. Isto é, passar uns dois dias com quase nada no estômago e só passar mal na noite do segundo dia. Controlar os mal-estares com bananas, copos de leite e...água.

Com essa rotina, voltei a variar entre 45 e alguma coisa e 46 rapidamente. Minha mãe voltou a reclamar da minha magreza, em toda oportunidade (mesmo as inoportunas). Fico feliz e assustada.
Eu amo o Rafael e sou feliz quando estamos juntos. Ele me faz querer emagrecer porque me elogiou quando perdi peso...mas me pergunto se está desconfiando de algo. Hoje marcamos de nos encontrar na hora do almoço e eu disse que almoçaria em casa porque estava mal do estômago. Depois vi que ele ficou meio preocupado e confessei: "olha, na verdade, eu menti...." e ele: "você não almoçou?" e eu "almocei, mas disse que tava mal do estômago pra não comer na rua porque acho besteira gastar dinheiro assim". Ele ficou aliviado. Mas foi tão automático o "você não almoçou?" e, bom, eu não almocei.

Planejava passar o dia à base de uma banana, uma bananinha (o doce sem açúcar), água e leite. Mas acontece que saímos e ele me deixou com mais vontade de viver. O que significou comer algo significativo quando cheguei (fiz uma omelete com dois ovos e três fatias de queijo mussarela light). Me pergunta se me sinto culpada? Gostaria de dizer que não, mas me sinto.

Também, quando cheguei em casa tive uma queda de pressão e já não estava mais tão bem. Parecia que ia começar a tremer ou desmaiar. Reuni todas as minhas forças físicas e espirituais pra preparar essa omelete. Obrigada, Deus. Se eu desmaiasse com minha mãe em casa, seria o fim.

Espero que esteja bem, quem quer que esteja lendo. Eu estou vivendo meu céu e meu inferno (ao mesmo tempo), como sempre.

1 comment:

Nani Fonseca said...

O amor está no ar! É tão lindo, e cada vez mais raro, esse encontro.
Parabéns por estar se recuperando, se alimentando novamente, buscando a saúde.
As pessoas falam demais, criticam demais, deixe elas com os problemas "de cabeça" delas e se ame mais, cuide do seu corpo, permita-se alimentá-lo com serenidade e alegria.